Classe dos Peixes
Os peixes constituem a maioria dos vertebrados e todos têm em comum muitas características que estudaremos e que os adaptaram à vida na água. Os peixes ancestrais não possuíam mandíbula, eram bentônicos e pertencentes à classe Agnatha. A maioria dos agnatos está extinta, mais a classe ainda é representada hoje em dia pelas lampréias e peixes-bruxa. Com a evolução das mandíbulas e dos apêndices pares, os peixes tornam-se mais ativos e capazes de alimentarem-se de diferentes maneiras. Os peixes mandibulados atuais estão pados em duas classes: os tubarões e raias na classe Chondrichthyes, com esqueleto cartilaginoso, e as percas e outros peixes similares da classe Osteichthyes, que possuem um esqueleto ossificado pelo menos em parte. Neste capitulo consideremos as características, evolução e a diversidade adaptativa dos principais grupos de peixes. As características distintas das classes existentes são resumidas a seguir.
CLASSIFICAÇÃO E DIVERSIDADE
Os peixes são classificados em três grandes classes: Agnatha, Chondricthyes, Osteichthyes que discutiremos a partir deste instante.
CARACTERÍSTICAS DA CLASSE AGNATHA
As mandíbulas estão ausentes. As nadadeiras pares estão ausentes na maioria das espécies, as abas peitorais estavam presentes em algum formas extintas. As espécies primitivas tinham a pele revestida por formes escamas ósseas, que foram perdidas nas atuais. As partes mais internas do esqueleto são cartilaginosas nas formas atuais e parece que nas espécies extintas elas também não eram ossificadas. O notocórdio embrionário persiste nos adultos. Um olho pineal mediano e fotossensível está presente. As espécies atuais, como a maioria das extintas, apresentam uma narina única e mediana, localizada à frente do olho pineal. Sete ou mais aberturas brânquiais estão presentes. A faringe é utilizada, na alimentação por filtração nas larvas e nos adultos das espécies que estão atualmente extintas, isto é, não são mais encontradas.
CARACTERÍSTICAS DA CLASSE CHONDRICHTHYES
As mandíbulas e as nadadeiras pares estão presentes. As escamas ósseas estão reduzidas a delgadas escamas placóides ou foram completamente perdidas. As partes mais internas do esqueleto são totalmente cartilaginosas. olho pineal foi perdido. Eles são peixes compactos, sem pulmão ou bexiga natatória. Seus corpos são achatados no sentido ântero-central e a maioria das espécies continua com a cauda heterocerca primitiva. Suas narinas são pares. Os cinco pares de aberturas brânquiais abrem-se independentemente na superfície corporal na maioria das espécies, ao contrário daquelas em que uma câmara brânquial está recoberta por um opérculo. intestino é curto e a área superficial é aumentada por uma válvula espiral. Os machos possuem um clásper sobre a nadadeira pélvica, que transfere os espermatozóides para a fêmea. A fecundação é interna. CARACTERÍSTICAS DA CLASSE OSTEICHTHYES
Em geral, as escamas ósseas estão presentes, mas as camadas superficiais primitivas de ganoína e cosmina foram perdidas na maioria das espécies atuais. As partes mais internas do esqueleto sempre apresentam alguma ossificação; na maioria das espécies, o esqueleto é completamente ossificado. O olho pineal continua presente nas espécies primitivas. Pulmões ou bexigas natatórias estão pentes, exceto em poucas espécies bentônicas, que os perderam secundariamente. Como não poderia deixar de ser nos peixes de corpos ágeis, a cauda tornou-se homocerca na maioria das espécies atuais. As aberturas brânquiais se abrem numa câmara comum, coberta por um opérculo. A válvula espiral do intestino foi perdida em todas as espécies, exceto na maioria das primitivas. A área superficial é maior devido a um aumento do comprimento do intestino e cecos pilóricos. A maioria das espécies é ovípara e a fecundação é externa. Em algumas espécies vivíparas, nas quais a fecundação é interna, o órgão copulador do macho é uma parte modificada da nadadeira anal. Os peixes estão bem adaptados à vida aquática. Eles são aerodinâmicos. Seu esqueleto não é tão pesado como o dos vertebrados terrestres. Os músculos segmentados e a cauda proporcionam o impulso para a locomoção e as nadadeiras, a estabilidade e a habilidade de manobras A estrutura dos órgãos dos sentidos permite a detecção de mudanças ocorridas na água. Seu coração bombeia apenas sangue venoso através das brânquias. Uma língua muscular está ausente. Os peixes mais primitivos, que surgiram antes do período Cambriano superior, eram ostracodermos possuidores de armaduras resistentes e pertencentes à classe. Agnatha. A maioria era dulcicola e alimentava-se de sedimento com a boca sem mandíbulas. Eles não apresentavam nadadeiras pares bem desenvolvidas e não eram peixes muito ativos Os únicos vertebrados agnatos ainda existentes são as lampréias e peixes-bruxa da ordem Ciclostomata. Eles também não possuem mandíbulas nem apêndices pares. As mandíbulas, que surgiram primeiro nos acantódios, evoluíram de um arco visceral alargado, o arco mandibular. Ossos dérmicos podem unir-se ao arco mandibular. Os acantódios possuíam mais de dois aparelhos de apêndices pares, que eram sustentados por espinhos. Os placodermos são uma classe de peixes primitivos extintos, muitos dos quais possuíam mandíbulas semelhantes a machadinhas. Os peixes cartilaginosos da classe Chondrichthyes caracterizam-se por possuir pequenas escamas placóides, esqueleto sem osso, ausência de pulmões ou bexiga natatória, cauda heterocerca, intestino com válvula espiral e um clásper pélvico nos machos. A fecundação é interna. Eles podem ser ovíparos ou incubar os jovens internamente, com dependência variável de vitelo ou material nutritivo. Nos tubarões e raias da subclasse Elasmobranchii, cada bolsa branquial abre-se independentemente na superfície corporal. As quimeras da subclasse Holocephali possuem uma dobra opercular que recobre as bolsas branquiais Os tubarões são predadores: as raias são achatadas, vivendo no fundo do mar, onde alimentam-se de moluscos e crustáceos. A maioria dos peixes atuais é óssea e pertence à classe Osteichthyes. As escamas ósseas continuam na maioria dos casos. O esqueleto interno é, em parte ou quase totalmente, ossificado. Pulmões ou uma bexiga natatória estão presentes. A cauda em geral, é homocerca. A válvula espiral foi perdida na maioria das espécies e cecos pilóricos estão presentes. As brânquias são revestidas por um opérculo. A fecundação é externa e o desenvolvimento é ovíparo na maioria. 0s peixes ósseos ancestrais viviam em água doce sujeitos a estagnação sazonal e seca. 0s pulmões provavelmente evoluíram como um órgão de respiração acessório. 0s peixes pulmonados que permaneceram dulcícolas continuam a ter pulmões. Outros tornaram-se marinhos e os pulmões transformaram-se numa bexiga natatória hidrostática. Muitos desses peixes voltaram à água doce e não perderam a bexiga natatória. A classe Osteichthyes está dividida em três subclasses. Os Acanthodii, um grupo extinto, apresentava nadadeiras pares com uma base larga, sustentadas por espinhos simples. Os Actinopterygii (percas e espécies assemelhadas) tem nadadeiras pares em forma de abano sustentadas por raios moles. Os Sarcopterygii (peixes pulmonados e crossopterígios) possuem nadadeiras pares lobuladas, sustentadas por um eixo central, carnoso e ósseo. A subclasse Actinopterygii está dividida em três infraclasses: Chondrostei, representada por algumas espécies consideradas relíquias (polypterus e Acipeonser); Holostei, também representada por algumas espécies relíquias (Lepisosteus e Amia), e Teleostei, que inclui a maioria das espécies atuais. Durante a evolução dos condóstreos mais primitivo para teleósteos, os pulmões transformaram-se numa bexiga natatória, a cauda heterocerca tornou-se homocerca e as escamas ganóides modificaram-se para ciclóides. Os teleósteos, durante o curso de sua evolução, tornaram-se mais hábeis; a nadadeira s original única dividiu-se: as nadadeiras pélvicas deslocar-se para a frente; espinhos desenvolveram-se na maioria nadadeiras; as escamas mudaram de clclóide para ctenóide e estenderam-se pelo opérculo e cabeça; a bexiga natatória , perdeu a conexão com o trato digestivo e a boca tornou-se bastante protrátil. Os teleósteos sofreram uma enorme adversidade adaptativa. Os sarcopterígios são agrupados em duas ordens. Os Dipnoi (peixes pulmonados) possuem o esqueleto ossificado e placas dentárias para esmagar o alimento, constituído de crustáceos e moluscos; três espécies sobrevivem atualmente nas áreas tropicais da América do Sul, África e Austrália. Os crossopterígios têm um esqueleto bastante forte e muitos dentes cônicos. A maioria está extinta, mas o celacanto marinho ainda sobrevive. Os vertebrados terrestres evoluíram a partir dos crossopterígios primitivos dulcícolas.
Os peixes constituem a maioria dos vertebrados e todos têm em comum muitas características que estudaremos e que os adaptaram à vida na água. Os peixes ancestrais não possuíam mandíbula, eram bentônicos e pertencentes à classe Agnatha. A maioria dos agnatos está extinta, mais a classe ainda é representada hoje em dia pelas lampréias e peixes-bruxa. Com a evolução das mandíbulas e dos apêndices pares, os peixes tornam-se mais ativos e capazes de alimentarem-se de diferentes maneiras. Os peixes mandibulados atuais estão pados em duas classes: os tubarões e raias na classe Chondrichthyes, com esqueleto cartilaginoso, e as percas e outros peixes similares da classe Osteichthyes, que possuem um esqueleto ossificado pelo menos em parte. Neste capitulo consideremos as características, evolução e a diversidade adaptativa dos principais grupos de peixes. As características distintas das classes existentes são resumidas a seguir.
CLASSIFICAÇÃO E DIVERSIDADE
Os peixes são classificados em três grandes classes: Agnatha, Chondricthyes, Osteichthyes que discutiremos a partir deste instante.
CARACTERÍSTICAS DA CLASSE AGNATHA
As mandíbulas estão ausentes. As nadadeiras pares estão ausentes na maioria das espécies, as abas peitorais estavam presentes em algum formas extintas. As espécies primitivas tinham a pele revestida por formes escamas ósseas, que foram perdidas nas atuais. As partes mais internas do esqueleto são cartilaginosas nas formas atuais e parece que nas espécies extintas elas também não eram ossificadas. O notocórdio embrionário persiste nos adultos. Um olho pineal mediano e fotossensível está presente. As espécies atuais, como a maioria das extintas, apresentam uma narina única e mediana, localizada à frente do olho pineal. Sete ou mais aberturas brânquiais estão presentes. A faringe é utilizada, na alimentação por filtração nas larvas e nos adultos das espécies que estão atualmente extintas, isto é, não são mais encontradas.
CARACTERÍSTICAS DA CLASSE CHONDRICHTHYES
As mandíbulas e as nadadeiras pares estão presentes. As escamas ósseas estão reduzidas a delgadas escamas placóides ou foram completamente perdidas. As partes mais internas do esqueleto são totalmente cartilaginosas. olho pineal foi perdido. Eles são peixes compactos, sem pulmão ou bexiga natatória. Seus corpos são achatados no sentido ântero-central e a maioria das espécies continua com a cauda heterocerca primitiva. Suas narinas são pares. Os cinco pares de aberturas brânquiais abrem-se independentemente na superfície corporal na maioria das espécies, ao contrário daquelas em que uma câmara brânquial está recoberta por um opérculo. intestino é curto e a área superficial é aumentada por uma válvula espiral. Os machos possuem um clásper sobre a nadadeira pélvica, que transfere os espermatozóides para a fêmea. A fecundação é interna. CARACTERÍSTICAS DA CLASSE OSTEICHTHYES
Em geral, as escamas ósseas estão presentes, mas as camadas superficiais primitivas de ganoína e cosmina foram perdidas na maioria das espécies atuais. As partes mais internas do esqueleto sempre apresentam alguma ossificação; na maioria das espécies, o esqueleto é completamente ossificado. O olho pineal continua presente nas espécies primitivas. Pulmões ou bexigas natatórias estão pentes, exceto em poucas espécies bentônicas, que os perderam secundariamente. Como não poderia deixar de ser nos peixes de corpos ágeis, a cauda tornou-se homocerca na maioria das espécies atuais. As aberturas brânquiais se abrem numa câmara comum, coberta por um opérculo. A válvula espiral do intestino foi perdida em todas as espécies, exceto na maioria das primitivas. A área superficial é maior devido a um aumento do comprimento do intestino e cecos pilóricos. A maioria das espécies é ovípara e a fecundação é externa. Em algumas espécies vivíparas, nas quais a fecundação é interna, o órgão copulador do macho é uma parte modificada da nadadeira anal. Os peixes estão bem adaptados à vida aquática. Eles são aerodinâmicos. Seu esqueleto não é tão pesado como o dos vertebrados terrestres. Os músculos segmentados e a cauda proporcionam o impulso para a locomoção e as nadadeiras, a estabilidade e a habilidade de manobras A estrutura dos órgãos dos sentidos permite a detecção de mudanças ocorridas na água. Seu coração bombeia apenas sangue venoso através das brânquias. Uma língua muscular está ausente. Os peixes mais primitivos, que surgiram antes do período Cambriano superior, eram ostracodermos possuidores de armaduras resistentes e pertencentes à classe. Agnatha. A maioria era dulcicola e alimentava-se de sedimento com a boca sem mandíbulas. Eles não apresentavam nadadeiras pares bem desenvolvidas e não eram peixes muito ativos Os únicos vertebrados agnatos ainda existentes são as lampréias e peixes-bruxa da ordem Ciclostomata. Eles também não possuem mandíbulas nem apêndices pares. As mandíbulas, que surgiram primeiro nos acantódios, evoluíram de um arco visceral alargado, o arco mandibular. Ossos dérmicos podem unir-se ao arco mandibular. Os acantódios possuíam mais de dois aparelhos de apêndices pares, que eram sustentados por espinhos. Os placodermos são uma classe de peixes primitivos extintos, muitos dos quais possuíam mandíbulas semelhantes a machadinhas. Os peixes cartilaginosos da classe Chondrichthyes caracterizam-se por possuir pequenas escamas placóides, esqueleto sem osso, ausência de pulmões ou bexiga natatória, cauda heterocerca, intestino com válvula espiral e um clásper pélvico nos machos. A fecundação é interna. Eles podem ser ovíparos ou incubar os jovens internamente, com dependência variável de vitelo ou material nutritivo. Nos tubarões e raias da subclasse Elasmobranchii, cada bolsa branquial abre-se independentemente na superfície corporal. As quimeras da subclasse Holocephali possuem uma dobra opercular que recobre as bolsas branquiais Os tubarões são predadores: as raias são achatadas, vivendo no fundo do mar, onde alimentam-se de moluscos e crustáceos. A maioria dos peixes atuais é óssea e pertence à classe Osteichthyes. As escamas ósseas continuam na maioria dos casos. O esqueleto interno é, em parte ou quase totalmente, ossificado. Pulmões ou uma bexiga natatória estão presentes. A cauda em geral, é homocerca. A válvula espiral foi perdida na maioria das espécies e cecos pilóricos estão presentes. As brânquias são revestidas por um opérculo. A fecundação é externa e o desenvolvimento é ovíparo na maioria. 0s peixes ósseos ancestrais viviam em água doce sujeitos a estagnação sazonal e seca. 0s pulmões provavelmente evoluíram como um órgão de respiração acessório. 0s peixes pulmonados que permaneceram dulcícolas continuam a ter pulmões. Outros tornaram-se marinhos e os pulmões transformaram-se numa bexiga natatória hidrostática. Muitos desses peixes voltaram à água doce e não perderam a bexiga natatória. A classe Osteichthyes está dividida em três subclasses. Os Acanthodii, um grupo extinto, apresentava nadadeiras pares com uma base larga, sustentadas por espinhos simples. Os Actinopterygii (percas e espécies assemelhadas) tem nadadeiras pares em forma de abano sustentadas por raios moles. Os Sarcopterygii (peixes pulmonados e crossopterígios) possuem nadadeiras pares lobuladas, sustentadas por um eixo central, carnoso e ósseo. A subclasse Actinopterygii está dividida em três infraclasses: Chondrostei, representada por algumas espécies consideradas relíquias (polypterus e Acipeonser); Holostei, também representada por algumas espécies relíquias (Lepisosteus e Amia), e Teleostei, que inclui a maioria das espécies atuais. Durante a evolução dos condóstreos mais primitivo para teleósteos, os pulmões transformaram-se numa bexiga natatória, a cauda heterocerca tornou-se homocerca e as escamas ganóides modificaram-se para ciclóides. Os teleósteos, durante o curso de sua evolução, tornaram-se mais hábeis; a nadadeira s original única dividiu-se: as nadadeiras pélvicas deslocar-se para a frente; espinhos desenvolveram-se na maioria nadadeiras; as escamas mudaram de clclóide para ctenóide e estenderam-se pelo opérculo e cabeça; a bexiga natatória , perdeu a conexão com o trato digestivo e a boca tornou-se bastante protrátil. Os teleósteos sofreram uma enorme adversidade adaptativa. Os sarcopterígios são agrupados em duas ordens. Os Dipnoi (peixes pulmonados) possuem o esqueleto ossificado e placas dentárias para esmagar o alimento, constituído de crustáceos e moluscos; três espécies sobrevivem atualmente nas áreas tropicais da América do Sul, África e Austrália. Os crossopterígios têm um esqueleto bastante forte e muitos dentes cônicos. A maioria está extinta, mas o celacanto marinho ainda sobrevive. Os vertebrados terrestres evoluíram a partir dos crossopterígios primitivos dulcícolas.
Matéria extraída do Site Mundo Animal
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