sábado, março 31, 2007

Rock


Qual é a música???????????????

Andarilho


Por andar andei
Pelas ruas poeirentas e secas deste país
Em ruas alagadas por lágrimas e chuva
Pelos becos escuros, sombrios, quietos
Pelos corredores estreitos de chão batido que reveste o solo das favelas
E comi, toda a fome da terra
Cantei como um bêbado, a vitória dos excluídos
Clamei por justiça em salas escuras
Em quartos com perfume barato
Queimei o Sol
O mesmo que aquece e ilumina.
Por andar andei
Pelo luxo, pelo lixo
Por obras monumentais, insólitas, abstratas, inúteis
Senti na pele as necessidades dos carentes
Roubei as ilusões dos ladrões e vagabundos
Preguei num imenso deserto
Deparei com homens poderosos que manipulam opiniões
Vendi minha alma tão barato quanto aquele perfume
Prometi promessas impossíveis a deuses ausentes.
Por andar andei pelo piso de asfalto duro que reveste o solo das cidades
Pelas luas artificiais de mercúrio, de sódio...

Jamais encontrei um sentido em um lugar qualquer
Restou a queda, o solo tingido de vermelho

Impermeável,
A vida se esvaindo pelo bueiro

correndo direto para o esgoto encontrar tantas outras.

Airton Papeschi

Experimentos




Você conseguira desrever os experimentoa acima e sua importância biológica???

Amigos




segunda-feira, março 26, 2007

Peixes

Classe dos Peixes
Os peixes constituem a maioria dos vertebrados e todos têm em comum muitas características que estudaremos e que os adaptaram à vida na água. Os peixes ancestrais não possuíam mandíbula, eram bentônicos e pertencentes à classe Agnatha. A maioria dos agnatos está extinta, mais a classe ainda é representada hoje em dia pelas lampréias e peixes-bruxa. Com a evolução das mandíbulas e dos apêndices pares, os peixes tornam-se mais ativos e capazes de alimentarem-se de diferentes maneiras. Os peixes mandibulados atuais estão pados em duas classes: os tubarões e raias na classe Chondrichthyes, com esqueleto cartilaginoso, e as percas e outros peixes similares da classe Osteichthyes, que possuem um esqueleto ossificado pelo menos em parte. Neste capitulo consideremos as características, evolução e a diversidade adaptativa dos principais grupos de peixes. As características distintas das classes existentes são resumidas a seguir.
CLASSIFICAÇÃO E DIVERSIDADE
Os peixes são classificados em três grandes classes: Agnatha, Chondricthyes, Osteichthyes que discutiremos a partir deste instante.
CARACTERÍSTICAS DA CLASSE AGNATHA
As mandíbulas estão ausentes. As nadadeiras pares estão ausentes na maioria das espécies, as abas peitorais estavam presentes em algum formas extintas. As espécies primitivas tinham a pele revestida por formes escamas ósseas, que foram perdidas nas atuais. As partes mais internas do esqueleto são cartilaginosas nas formas atuais e parece que nas espécies extintas elas também não eram ossificadas. O notocórdio embrionário persiste nos adultos. Um olho pineal mediano e fotossensível está presente. As espécies atuais, como a maioria das extintas, apresentam uma narina única e mediana, localizada à frente do olho pineal. Sete ou mais aberturas brânquiais estão presentes. A faringe é utilizada, na alimentação por filtração nas larvas e nos adultos das espécies que estão atualmente extintas, isto é, não são mais encontradas.
CARACTERÍSTICAS DA CLASSE CHONDRICHTHYES
As mandíbulas e as nadadeiras pares estão presentes. As escamas ósseas estão reduzidas a delgadas escamas placóides ou foram completamente perdidas. As partes mais internas do esqueleto são totalmente cartilaginosas. olho pineal foi perdido. Eles são peixes compactos, sem pulmão ou bexiga natatória. Seus corpos são achatados no sentido ântero-central e a maioria das espécies continua com a cauda heterocerca primitiva. Suas narinas são pares. Os cinco pares de aberturas brânquiais abrem-se independentemente na superfície corporal na maioria das espécies, ao contrário daquelas em que uma câmara brânquial está recoberta por um opérculo. intestino é curto e a área superficial é aumentada por uma válvula espiral. Os machos possuem um clásper sobre a nadadeira pélvica, que transfere os espermatozóides para a fêmea. A fecundação é interna. CARACTERÍSTICAS DA CLASSE OSTEICHTHYES
Em geral, as escamas ósseas estão presentes, mas as camadas superficiais primitivas de ganoína e cosmina foram perdidas na maioria das espécies atuais. As partes mais internas do esqueleto sempre apresentam alguma ossificação; na maioria das espécies, o esqueleto é completamente ossificado. O olho pineal continua presente nas espécies primitivas. Pulmões ou bexigas natatórias estão pentes, exceto em poucas espécies bentônicas, que os perderam secundariamente. Como não poderia deixar de ser nos peixes de corpos ágeis, a cauda tornou-se homocerca na maioria das espécies atuais. As aberturas brânquiais se abrem numa câmara comum, coberta por um opérculo. A válvula espiral do intestino foi perdida em todas as espécies, exceto na maioria das primitivas. A área superficial é maior devido a um aumento do comprimento do intestino e cecos pilóricos. A maioria das espécies é ovípara e a fecundação é externa. Em algumas espécies vivíparas, nas quais a fecundação é interna, o órgão copulador do macho é uma parte modificada da nadadeira anal. Os peixes estão bem adaptados à vida aquática. Eles são aerodinâmicos. Seu esqueleto não é tão pesado como o dos vertebrados terrestres. Os músculos segmentados e a cauda proporcionam o impulso para a locomoção e as nadadeiras, a estabilidade e a habilidade de manobras A estrutura dos órgãos dos sentidos permite a detecção de mudanças ocorridas na água. Seu coração bombeia apenas sangue venoso através das brânquias. Uma língua muscular está ausente. Os peixes mais primitivos, que surgiram antes do período Cambriano superior, eram ostracodermos possuidores de armaduras resistentes e pertencentes à classe. Agnatha. A maioria era dulcicola e alimentava-se de sedimento com a boca sem mandíbulas. Eles não apresentavam nadadeiras pares bem desenvolvidas e não eram peixes muito ativos Os únicos vertebrados agnatos ainda existentes são as lampréias e peixes-bruxa da ordem Ciclostomata. Eles também não possuem mandíbulas nem apêndices pares. As mandíbulas, que surgiram primeiro nos acantódios, evoluíram de um arco visceral alargado, o arco mandibular. Ossos dérmicos podem unir-se ao arco mandibular. Os acantódios possuíam mais de dois aparelhos de apêndices pares, que eram sustentados por espinhos. Os placodermos são uma classe de peixes primitivos extintos, muitos dos quais possuíam mandíbulas semelhantes a machadinhas. Os peixes cartilaginosos da classe Chondrichthyes caracterizam-se por possuir pequenas escamas placóides, esqueleto sem osso, ausência de pulmões ou bexiga natatória, cauda heterocerca, intestino com válvula espiral e um clásper pélvico nos machos. A fecundação é interna. Eles podem ser ovíparos ou incubar os jovens internamente, com dependência variável de vitelo ou material nutritivo. Nos tubarões e raias da subclasse Elasmobranchii, cada bolsa branquial abre-se independentemente na superfície corporal. As quimeras da subclasse Holocephali possuem uma dobra opercular que recobre as bolsas branquiais Os tubarões são predadores: as raias são achatadas, vivendo no fundo do mar, onde alimentam-se de moluscos e crustáceos. A maioria dos peixes atuais é óssea e pertence à classe Osteichthyes. As escamas ósseas continuam na maioria dos casos. O esqueleto interno é, em parte ou quase totalmente, ossificado. Pulmões ou uma bexiga natatória estão presentes. A cauda em geral, é homocerca. A válvula espiral foi perdida na maioria das espécies e cecos pilóricos estão presentes. As brânquias são revestidas por um opérculo. A fecundação é externa e o desenvolvimento é ovíparo na maioria. 0s peixes ósseos ancestrais viviam em água doce sujeitos a estagnação sazonal e seca. 0s pulmões provavelmente evoluíram como um órgão de respiração acessório. 0s peixes pulmonados que permaneceram dulcícolas continuam a ter pulmões. Outros tornaram-se marinhos e os pulmões transformaram-se numa bexiga natatória hidrostática. Muitos desses peixes voltaram à água doce e não perderam a bexiga natatória. A classe Osteichthyes está dividida em três subclasses. Os Acanthodii, um grupo extinto, apresentava nadadeiras pares com uma base larga, sustentadas por espinhos simples. Os Actinopterygii (percas e espécies assemelhadas) tem nadadeiras pares em forma de abano sustentadas por raios moles. Os Sarcopterygii (peixes pulmonados e crossopterígios) possuem nadadeiras pares lobuladas, sustentadas por um eixo central, carnoso e ósseo. A subclasse Actinopterygii está dividida em três infraclasses: Chondrostei, representada por algumas espécies consideradas relíquias (polypterus e Acipeonser); Holostei, também representada por algumas espécies relíquias (Lepisosteus e Amia), e Teleostei, que inclui a maioria das espécies atuais. Durante a evolução dos condóstreos mais primitivo para teleósteos, os pulmões transformaram-se numa bexiga natatória, a cauda heterocerca tornou-se homocerca e as escamas ganóides modificaram-se para ciclóides. Os teleósteos, durante o curso de sua evolução, tornaram-se mais hábeis; a nadadeira s original única dividiu-se: as nadadeiras pélvicas deslocar-se para a frente; espinhos desenvolveram-se na maioria nadadeiras; as escamas mudaram de clclóide para ctenóide e estenderam-se pelo opérculo e cabeça; a bexiga natatória , perdeu a conexão com o trato digestivo e a boca tornou-se bastante protrátil. Os teleósteos sofreram uma enorme adversidade adaptativa. Os sarcopterígios são agrupados em duas ordens. Os Dipnoi (peixes pulmonados) possuem o esqueleto ossificado e placas dentárias para esmagar o alimento, constituído de crustáceos e moluscos; três espécies sobrevivem atualmente nas áreas tropicais da América do Sul, África e Austrália. Os crossopterígios têm um esqueleto bastante forte e muitos dentes cônicos. A maioria está extinta, mas o celacanto marinho ainda sobrevive. Os vertebrados terrestres evoluíram a partir dos crossopterígios primitivos dulcícolas.
Matéria extraída do Site Mundo Animal

sábado, março 24, 2007

Foto de um Ícone do Rock - Raríssima



Essa banda teve na imaginação o ponto mais importante durou pouco tempo, fez poucas apresentações mas deixou uma enorme contribuição para o Rock em todo o Mundo. Não se sabe ao certo o motivo de sua separação, não foi feita nenhuma declaração formal nem mesmo uma explicação de qualquer membro do grupo, o que sabemos é que atualmente estão espalhados pelo mundo, todos curtindo muito rock mas sem apresentações nem entrevistas, apenas tudo voltou ao terreno fértil da imaginação, talvez essa seja a melhor explicação tudo não passou de uma enorme brincadeira entre amigos que valeu muito a pena!

Agora vamos testar de fato o seu conhecimento do bom e velho Rock, quem é a Banda? Pertencia a que país? Quais foram os seus principais sucessos? Quais eram seus componentes originais???

Boa sorte na pesquisa...você vai precisar...

quinta-feira, março 15, 2007

Exemplo de Agnato


CARACTERÍSTICAS DA CLASSE AGNATHA
As mandíbulas estão ausentes. As nadadeiras pares estão ausentes na maioria das espécies, as abas peitorais estavam presentes em algum formas extintas. As espécies primitivas tinham a pele revestida por formes escamas ósseas, que foram perdidas nas atuais. As partes mais internas do esqueleto são cartilaginosas nas formas atuais e parece que nas espécies extintas elas também não eram ossificadas. O notocórdio embrionário persiste nos adultos. Um olho pineal mediano e fotossensível está presente. As espécies atuais, como a maioria das extintas, apresentam uma narina única e mediana, localizada à frente do olho pineal. Sete ou mais aberturas brânquiais estão presentes. A faringe é utilizada, na alimentação por filtração nas larvas e nos adultos das espécies que estão atualmente extintas, isto é, não são mais encontradas.

Experimento de Miller

O experimento acima comprovou a hipótese de Oparin/Haldane, explique detalhadamente o procedimento e o resultado.

sexta-feira, março 09, 2007

Subfilo Cefalocordado

Subfilo Cephalochordata
Os cefalocordados são cordados marinhos, pequenos e pisciformes, que se enterram em fundos arenosos. São metaméricos e possuem todas as características dos cordados na forma adulta. As fendas faríngeas funciona como filtro de alimentos. O subfilo Cephalochordata contém um pequeno grupo de cordados pisciformes que se enterram no sedimento marinho. Eles nadam ou enterram-se através de rápidas ondulações do corpo, produzidas pela contração de músculos metaméricos. Os cefalocordados filtram o alimento da corrente de água que passa pela boca e fendas faríngeas. A partir do cordão nervoso dorsal, emergem raízes de nervos laterais, pares, dispostas em um arranjo segmentar, mas não existe um cérebro anterior.

Subfilo Urocordados ou Tunicados


Subfilo Urochordata (Tunicados)
Os urocordados, que incluem as ascídias marinhas sésseis e algumas formas pelágicas, são o maior grupo de cordados invertebrados. O corpo é vestido por um envoltório externo denominado túnica, que contém celulose. A grande faringe perfurada está adaptada para a alimentação por filtração. Eles são hermafroditas e possuem uma larva em forma de girino, que tem um notocórdio e um cordão nervoso dorsal. O subfilo Urochordata é composto por animais marinhos e sésseis em sua maioria, conhecidos como tunicados ou ascídias e possuem o notocórdio e o cordão nervoso dorsal apenas durante o estágio de larva. Grande parte do interior do corpo é ocupada por uma grande faringe perfurada por muitas fendas. A água entra na faringe pelo sifão bucal (boca), passa por propulsão ciliar através das fendas ao redor do átrio e, então, sai pelo sifão exalante. Na passagem através das fendas faríngeas, o plâncton é filtrado da água corrente. O corpo está coberto por uma túnica protetora contendo celulose, que é secretada pela epiderme Nas muitas espécies coloniais de urocordados, os indivíduos estão unidos por um estolão ou têm sua túnica fusionada.
www.animalshow.hpg.ig.com.br/tunicado.htm

quarta-feira, março 07, 2007

Subfilo Hemicordados



Aspecto externo do Balanoglossus











Esquema interno do Balanoglosuus


















Resumo - Filo Hemichordata (Marinhos)
Reino Animalia
Filo Hemichordata
grego: hemi = metade latim: chorda = corda ou cordão
Nomes vernáculos: hemicordado, balanoglosso
Classe Enteropneusta Classe Pterobranchia Ordem Rhabdopleurida Ordem Cephalodisca
Número de espécies
No mundo: 90 No Brasil: 7 Conhecidas no estado de São Paulo:5 Estimadas no estado de São Paulo:5
Balanoglossus clavigerus
O filo Hemichordata é composto por espécies exclusivamente marinhas, de corpo mole e cilíndrico. Apresentam características morfológicas que os assemelham remotamente aos cordados. A classe Pterobranchia compreende colônias de pequenos zoóides tubícolas, que habitam preferencialmente águas profundas e circum-antárticas e lembram, superficialmente, briozoários. Apesar de algumas espécies ocorrerem em águas rasas, nenhuma ainda foi encontrada no litoral do Brasil. A classe Enteropneusta engloba espécies solitárias, de corpo vermiforme, comumente alcançando mais de 1 metro de comprimento. Habitam, preferencialmente, fundos rasos, sendo 5 espécies registradas em São Paulo. Balanoglossus gigas, uma das maiores espécies do grupo, podendo atingir 2,5 metros de comprimento, está potencialmente ameaçada no litoral de São Paulo, devido à poluição das águas e do sedimento e ao assoreamento e aterramento das praias. A importância ecológica dos hemicordados é desconhecida e a possibilidade de descobrir-se novas espécies parece remota, pois as larvas planctônicas possuem vida muito longa, o que acarreta ampla distribuição geográfica. Atualmente, não há, no Brasil, pesquisadores trabalhando com o grupo nem coleções organizadas. Algum material, entretanto, encontra-se depositado no Departamento de Ecologia Geral do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo.

sábado, março 03, 2007

Revista Veja - Edição 1998 - ano 40- n9 - 7/3/2007

Ótima a matéria leia e comente.
O texto na íntegra está na revista .

A medicina revela a mulher de verdade
As descobertas sobre as diferenças fisiológicasentre mulheres e homens devem mudar a prevenção,o diagnóstico e o tratamento de diversas doenças– especialmente no caso delas
Até pouco tempo atrás, do ponto de vista da medicina, os homens e as mulheres eram, exceto pelos seus órgãos reprodutores, essencialmente iguais. Na definição do antropólogo e anatomista alemão Rudolf Virchow (1821-1902), o homem era um ser humano ligado a um par de testículos e a mulher, por sua vez, um par de ovários ligado a um ser humano. A enunciação de Virchow, considerado o pai da patologia moderna, norteou praticamente todos os estudos científicos sobre a fisiologia humana. Nos últimos vinte anos, porém, investigações científicas começaram a derrubar a clássica teoria de Virchow. Homens e mulheres pensam, agem e sentem de modo completamente distinto. Eles e elas enxergam, fazem a digestão, sentem cheiros, respiram e transpiram de forma diferente. O coração deles bate de um jeito e o delas de outro. O pulmão, o sistema imunológico, a audição, o paladar, a pele... Enfim, as dessemelhanças entre os sexos vêm surpreendendo mesmo os pesquisadores da medicina de gênero – um ramo que nasceu em meados da década de 90 e propõe condutas específicas para cada sexo, tanto na prevenção como no tratamento de diversos males.
A medicina de gênero é uma revolução. "Vivemos um dos momentos mais fascinantes da ciência. Para onde quer que olhemos, há sempre uma diferença entre homens e mulheres", diz a cardiologista americana Marianne Legato, no livro Eve's Rib (A Costela de Eva). Essa revolução só não ocorreu antes porque, além da inexistência de exames clínicos e de imagem mais acurados, capazes de mostrar as diferenças fisiológicas determinadas pelo sexo, havia um secular entrave cultural: numa sociedade dominada por homens, em que a mulher tinha um mero papel coadjuvante, considerava-se mais adequado ao estudo do corpo humano o organismo masculino – do qual o feminino nada mais seria do que decalque. Ecoava-se, assim, no plano científico, a passagem bíblica do Gênesis: "E a costela que o Senhor Deus tomara ao homem, transformou-a numa mulher". Para se ter uma idéia de aonde o patriarcalismo nos levou nessa área, dois terços das doenças que afetam os dois sexos foram investigados exclusivamente em homens. "Tradicionalmente, a mulher só era considerada objeto de pesquisa científica sob 'a ótica do biquíni'", como define a médica Marianne, fundadora, ainda, do departamento de medicina de gênero da Universidade Colúmbia, nos Estados Unidos.
Com a emancipação feminina e a liberação da ciência de amarras arcaicas e misóginas – fatos sociais que se aliaram ao desenvolvimento tecnológico –, pôde-se dar curso a estudos mais aprofundados sobre a fisiologia feminina e suas variações em relação à masculina. As descobertas se sucedem num ritmo que só não pode ser chamado de avassalador porque não existe tal ritmo na esfera da medicina. Mas elas têm caminhado relativamente depressa. Entre outras coisas, hoje já se sabe que o cigarro é mais nocivo para os pulmões delas do que para os deles. Que, quando eles sofrem uma obstrução coronariana, as artérias entupidas tendem a ser de grosso calibre – ao passo que, no caso delas, os vasos cardíacos atingidos são mais finos – e também que as células de defesa das mulheres são mais ativas – mas que, por seu turno, os homens são mais resistentes à dor.
No entanto, o caminho a ser percorrido na diferenciação dos tratamentos é longo. Tome-se um exemplo bastante ilustrativo: seis em cada dez remédios disponíveis hoje no mercado são eliminados de forma mais rápida do organismo feminino do que do masculino. Isso quer dizer que o tempo de ação desses medicamentos tende a ser menor nas mulheres. É o que acontece com o anti-hipertensivo verapamil. Como o remédio desaparece mais velozmente da corrente sanguínea das mulheres, o tratamento não é tão eficiente entre elas quanto é entre eles. A explicação está na enzima CYP3A4. Ela é 40% mais ativa nas mulheres do que nos homens. Produzida no fígado e nos intestinos, a substância é uma das principais responsáveis pelo metabolismo de medicamentos em geral.
Sob o ponto de vista estritamente biológico, as diferenças mais marcantes entre homens e mulheres decorrem da interação entre os genes e os hormônios. E, entre as cerca de três dúzias de hormônios que regem tanto o organismo masculino quanto o feminino, dois têm papel preponderante. A testosterona é fundamental na formação e manutenção das características físicas masculinas. O equivalente feminino da testosterona é o estrógeno. Eles não só determinam características exteriores e comportamentos como regem o funcionamento de órgãos essenciais. Se é graças à testosterona que os homens têm músculos mais desenvolvidos, são mais peludos e têm voz mais grossa, é por causa dela também que o esqueleto deles está mais protegido contra a osteoporose. Se é graças ao estrógeno que as mulheres têm seios protuberantes e a voz mais aguda do que a dos homens, é por causa dele, ainda, que as artérias cardíacas delas estão mais protegidas contra o depósito de placas de gordura – pelo menos até por volta dos 45 anos, quando a produção desse hormônio pelos ovários começa a minguar, até cessar definitivamente com a chegada da menopausa. Mais: asma, artrite reumatóide, epilepsia, diabetes e depressão, entre outros males, podem ter seus sintomas agravados pela falta de estrógeno.
As diferenças fisiológicas entre homens e mulheres são mais conhecidas na cardiologia. Num editorial recém-publicado na Revista da Associação Médica Americana (cuja sigla, em inglês, é Jama), o médico Roger Blumenthal, professor da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, defende incluir dois novos parâmetros para avaliar o risco de uma mulher vir a sofrer de uma doença cardiovascular no prazo de dez anos. Ele argumenta que a análise do histórico familiar de infartos e derrames precoces (ou seja, em parentes diretos com menos de 60 anos) e a medição das taxas sanguíneas da proteína C-reativa ultra-sensível, associada à presença de inflamação arterial, são armas poderosas para a proteção do sistema cardiovascular feminino – sem menosprezar, é óbvio, os fatores de risco tradicionais, como obesidade, tabagismo, sedentarismo, diabetes, hipertensão e colesterol alto, entre outros. Essas evidências surgiram de um trabalho de dez anos, com 24.000 mulheres saudáveis acima dos 45 anos, o U.S. Women's Health Study, patrocinado pelo governo americano. A mudança reside no fato de que a concentração de C-reativa e o histórico familiar da doença são ignorados pela maioria dos médicos na avaliação de suas pacientes. O impacto da nova proposta é enorme: ao se levar em conta esses dois fatores, 25% das mulheres que, pelos parâmetros atuais, são consideradas pacientes de médio risco seriam transferidas para o grupo das de alto risco. Diz o cardiologista Otavio Gebara, professor de cardiologia da Universidade de São Paulo: "Acredito que a inclusão desses novos marcadores poderá salvar inúmeras vidas".
Até os anos 70, a doença cardiovascular era considerada um mal tipicamente masculino. Para cada mulher vítima da doença, havia sete homens na mesma condição. Com o ingresso delas no mercado de trabalho e a conseqüente exposição ao stress, ao tabagismo e às dietas gordurosas, houve uma espécie de "feminização" dos distúrbios cardiovasculares. Hoje a proporção é de uma para três, no período em que a mulher ainda não chegou à menopausa. Depois do fim da produção dos hormônios femininos, protetores da saúde cardiovascular, mulheres e homens se igualam nas estatísticas de infartos e derrames. Pois bem, apesar da maior exposição do coração feminino aos perigos da vida moderna e de todos os avanços no desvendamento da fisiologia das mulheres, a cartilha da boa saúde coronariana continua a levar em consideração principalmente o coração masculino. "Cerca de 75% das mulheres vítimas de infarto são avaliadas como de baixo risco", diz o cardiologista Raul Santos, diretor da unidade clínica de dislipidemias do Instituto do Coração, em São Paulo. Uma das razões para isso é que os métodos de diagnóstico não levam em conta as especificidades femininas. Por exemplo: um dos instrumentos para o diagnóstico de obstrução arterial é o teste de esforço – aquele em que o paciente tem suas funções cardíacas monitoradas enquanto corre numa esteira ergométrica. A incidência de resultados errados, que indicam um coração doente, é até quatro vezes e meia maior entre as mulheres. Essa desproporção se deve ao fato de que, nelas, as placas de gordura tendem a se depositar em vasos coronarianos menores, cujo comprometimento costuma passar despercebido num teste de esforço.
A preferência pelo sexo masculino como objeto de estudo médico era justificada basicamente por dois motivos. Por causa da montanha-russsa hormonal a que as mulheres estão sujeitas todos os meses, seria preciso um grande número de cobaias do sexo feminino para chegar a informações significativas e confiáveis – o que demanda tempo e dinheiro. Já com os homens não há esse tipo de empecilho. Outro motivo alegado para a ausência do sexo feminino como objeto de estudo da medicina era o receio do que poderia acontecer se, durante uma pesquisa, uma paciente engravidasse. E se ela abortasse por causa dos testes? E se a criança nascesse com alguma má-formação?
A ausência do sexo feminino nas pesquisas clínicas, contudo, desencadeou episódios trágicos. Na década de 50, o medicamento dietilestilbestrol (ou DES, apenas) era um antiabortivo bastante popular. Vinte anos mais tarde, notou-se que as meninas nascidas de antigas usuárias do DES eram mais suscetíveis a um tipo raro de câncer vaginal. Outro episódio igualmente triste foi o da talidomida. Aprovado no fim dos anos 50 para o controle das náuseas da gravidez, o medicamento causava deformações nos fetos. Antes de chegar à farmácia, a talidomida só havia sido testada em ratos de laboratório – e, entre as cobaias, não havia nenhuma fêmea que estivesse prenhe. Desgraças como a da talidomida levaram a mudanças profundas na regulamentação dos testes clínicos. Em 1985, o Serviço de Saúde Pública dos Estados Unidos alertou: "A falta de pesquisas que forneçam dados sobre as mulheres compromete a qualidade das informações e dos cuidados médicos para com elas". Mas foi apenas em 1993 que o governo americano obrigou a inclusão de mulheres em pesquisas sobre doenças e medicamentos – o que acabou por fazer com que fossem criadas legislações semelhantes em outros países. No Brasil, apesar de não haver uma legislação específica, a inclusão de mulheres faz parte da rotina das pesquisas clínicas. Atualmente, a participação das mulheres nos estudos clínicos mais cuidadosos, bem planejados, é de, em média, 20%. Pouco ainda, mas melhor do que ocorria até meados dos anos 90, quando a presença delas era praticamente nula.
É evidente que o ambiente tem um peso grande tanto na saúde feminina como na masculina. "Homens e mulheres não existem no vácuo. A maneira como eles se desenvolvem e sobrevivem é uma conseqüência direta da cultura e da sociedade em que estão inseridos", diz a médica Marianne Legato. Sabe-se que as mulheres muçulmanas têm menos probabilidade de contrair malária do que os homens muçulmanos. Talvez não apenas porque o sistema imunológico feminino seja mais forte, mas também porque, ao viverem com a maior parte do corpo coberta quase o tempo todo, elas estão menos sujeitas às picadas do mosquito transmissor da doença. Outro exemplo, nesse caso inverso: tinha-se como certo que a depressão era mais comum entre as mulheres por uma questão única e exclusivamente de química cerebral. Novos estudos revelam que também existe um fator cultural associado a essa diferença epidemiológica. Como os homens não têm o costume de falar sobre seus sentimentos, muitos deles acabam por mascarar os sintomas da depressão com o alcoolismo, o abuso de drogas, o jogo, a agressividade ou a obsessão pelo trabalho. "O conhecimento mais aprofundado da saúde de ambos os sexos é de enorme importância para aperfeiçoar a prática médica, principalmente com o aumento da expectativa de vida", disse a VEJA a médica Vivian Pinn, dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos.
O fato de vivermos mais (e pior, em desrespeito aos preceitos da vida saudável) nos tornou, homens e mulheres, mais vulneráveis a males que antes afetavam quase que exclusivamente o sexo oposto. Tida como uma doença tipicamente feminina por anos, a osteoporose passou a afetar um número considerável de homens mais velhos. Uma projeção feita por especialistas de seis países e divulgada recentemente na revista Calcified Tissue International prevê um aumento de 89% nos casos de fratura de fêmur entre homens, em menos de vinte anos. Em 2025, devem ser contabilizadas 800.000 fraturas do tipo no mundo, contra as 420.000 registradas no início dos anos 2000. "Não existe uma tradição em pensar a osteoporose como uma doença do homem. Por isso, muitos deles não recebem o diagnóstico correto, mesmo depois de sofrer fraturas", diz o reumatologista Cristiano Zerbini, presidente eleito da Sociedade Brasileira de Osteoporose. "É necessário estudar mais a fundo a evolução da doença no sexo masculino e descobrir se os protocolos femininos de diagnóstico e tratamento servem também para eles." Como se vê, está em curso uma revolução na medicina. E não só para as mulheres.
Editora Abril.

quinta-feira, março 01, 2007

Sistema Endócrino

COLÉGIO SANTA CATARINA - Pessoal do 3 EM.
Rua da Mooca, 3758 – São Paulo – Tel.: 6601-6999.

Sistema endócrino – B3
Principais hormônios humanos
1) Adenoipófise:
1.1- Adrenocorticotrófico (ACTH) – Estimula o córtex adrenal.
1.2- Tireotrófico (TSH) – Estimula a tireóide.
1.3- Somatotrófico (HGH) – Estimula o crescimento.
1.4- Folículo estimulante (FSH) – Estimula a maturação dos folículos ovarianos.
1.5- Luteinizante (LH) Masc. – Estimula o desenvolvimento do corpo lúteo. No ser humano é o ICSH que estimula o desenvolvimento das células intersticiais dos testículos, produtoras de testosterona.
1.6- Prolactina ou lactogênio – Estimula a função das glândulas mamárias.
1.7- Diabetogênico- Inibe a produçãode insulina.
2 – Neuroipófise:
2.1- Antidiurético (ADH) ou vasopressina – regula o volume de urina ( aumenta a reabsorção de água).
2.2 – Ocitocina – Estimula a contração da musculatura uterina.
3- Tireóide:
3.1 Tiroxina (T4) – regula o desenvolvimento e o metabolismo geral.
3.2 Tirocalcitonina – regula a taxa de cálcio
4 – Paratireóides:
4.1 - Paratormônio – regula a taxa de cálcio.
5- Pâncreas:
5.1 – Insulina – regula a taxa de glicose.
5.2 – Glucagon – regula a taxa de glicose.
6 – Adrenais: ( córtex)
6.1 – Cortisol – resistência geral e metabolismo de açúcares e gorduras.
6.2 – aldosterona – regula a taxa de sódio e potássio.
6.3 – andrógenos – determina o surgimento dos caracteres sexuais secundários masculinos.
7 – Adrenais (medula)
7.1 – adrenalina ou epinefrina – determina a pressão sanguínea.
8-Testículos
8.1- Testosterona (andrógeno) – determina o surgimento dos caracteres sexuais secundários masculinos.
9 – Ovários
9.1- Estrógenos: Determina o surgimento dos caracteres sexuais femininos e o desenvolvimento da parede uterina (endométrio).
9.2 – Progesterona- Promove modificações orgânicas na gravidez.



Prof Airton

Reveillon no Guarujá 2022/2023. Drone do Enoque Cesar!!!!